quarta-feira, 29 de setembro de 2010

RIO GRANDE DO NORTE

NATAL
20/05/2009

Delegada traça perfil de Osvaldo como pedófilo


De acordo com depoimentos, Osvaldo Pereira Aguiar ostentava um comportamento de evangélico

“As provas e depoimentos colhidos até o momento nos levam a traçar o perfil de Osvaldo como um pedófilo”.

A afirmação da delegada Adriana Shirley Caldas se refere ao ambulante Osvaldo Pereira Aguiar, principal suspeito do assassinato e esquartejamento da estudante Maisla Mariano dos Santos, 11.

A titular da Delegacia Especializada na Defesa da Criança e do Adolescente (DCA) – e responsável pelo inquérito da morte de Maisla – disse que os depoimentos colhidos e as provas obtidas até o momento da investigação foram ricas e permitem traçar este perfil do suspeito. Todo este material está contido no Inquérito Policial nº 033/2009-DCA.

Informações de frequentadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia – onde o suspeito congregava assim como a estudante – e de pessoas que trabalhavam perto da loja pertencente a Osvaldo onde comercializava roupas femininas para crianças e brinquedos depõem contra ele.

De acordo com a delegada, baseada nos depoimentos, frequentemente Osvaldo importunava sexualmente crianças, em especial meninas, com idade inferior a 12 anos.

“Em troca do favor sexual, ele oferecia brinquedos e roupas”, informou.

“Isso era uma prática reiterada”, completou Adriana Shirley.

Entretanto, o suspeito “se mostrava dissimulado”.

“Ele ostentava um comportamento de evangélico (por frequentar a Igreja Adventista), mas na verdade atraía garotas”, comentou.

A delegada pretendia ouvir – pela segunda vez – o depoimento do principal suspeito do crime, que está detido desde a sexta-feira na Penitenciária Estadual de Alcaçuz.

A intenção era confrontar as declarações do suspeito com as provas obtidas no decorrer da investigação iniciada na semana passada.



Ela lembra que, no primeiro depoimento, ouviu mais o suspeito falar de sua vida pregressa em outros Estados do país onde responde a processos na Justiça. No primeiro contato com o suspeito, ela disse que “ele não se mostrava abalado” por ser apontado como principal suspeito de um crime tão bárbaro.

Adriana Shirley informou que tem prazo até o dia 12 de junho para fechar a investigação.

Mas caso necessite de mais tempo, pode solicitar dilação de prazo à Justiça.

Exames serão entregues em 15 dias úteis
Além dos depoimentos, a delegada Adriana Shirley aguarda a conclusão dos laudos por parte do Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep).

“Acredito que em 15 dias úteis devo receber tudo”, concluiu.

Ela informou que aguarda a perícia no carro do suspeito, nas roupas, na casa, nos dois terrenos onde foram encontradas as partes do corpo da garota, compatibilidade do DNA do suspeito e da vítima e a necropsia no corpo da estudante.

Segundo a delegada, este último exame é que vai apontar a causa da morte de Maisla Mariano.

Em sua opinião, Adriana Shirley disse que “a causa da morte da menina seria por esfaqueamento” por conta da quantidade de facadas encontradas no corpo da estudante.

“Mas sou leiga nesse assunto e é melhor aguardar os laudos para ter uma certeza disso”, argumentou.

Ainda no exame da necropsia, pode ser detectado se houve ou não violência sexual contra a estudante por meio da conjunção carnal.

“Também podem saber se há vestígio de esperma ou se foi praticado algum ato libidinoso diverso”, acrescentou Shirley.

Equipes da DCA e do Núcleo de Inteligência, coordenados pelo delegado Raimundo Rolim, fizeram – e continuam fazendo – buscas minuciosas em locais daquela região onde aconteceu o desaparecimento, morte e foram encontradas as partes do corpo de Maisla Mariano.



Questionada se acredita que mais de uma pessoa participou do assassinato de Maisla, a delegada não descarta esta possibilidade “apesar que os autos (da investigação) digam que não”.

Jovem diz ter um filho com o acusado
No sábado passado, a delegada Adriana Shirley ouviu o depoimento de uma garota – que disse ter 19 anos, mas não apresentou documentação – afirmando ter mantido um relacionamento com o ambulante Osvaldo Aguiar há alguns anos.

Ela contou à delegada que conheceu Osvaldo quando tinha 14 anos e ele trabalhava no calçadão da praia de Ponta Negra.

“Segundo ela, se conheceram e depois começaram o relacionamento”, disse Adriana Shirley.

Ainda no depoimento, que estava previsto para acontecer na sexta-feira, a garota contou que do relacionamento com o suspeito teve um filho, cuja idade não foi informada pela delegada.

“Ela alega ter sido molestada sexualmente por ele”, declarou.

A titular da DCA afirmou que “um inquérito policial será instaurado para apurar essa situação narrada pela garota”.
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FONTE
http://tribunadonorte.com.br/noticias/109949.html









NATAL

Delegada vai ouvir supostas vítimas de pedofilia de Osvaldo Pereira

02/06/09




Osvaldo Pereira de Aguiar deve ser ouvido novamente esta semana

A delegada Adriana Shirley recebeu informações acerca de três garotas que “supostamente foram importunadas por Osvaldo Pereira de Aguiar”, principal suspeito de matar a pequena Maisla Mariano dos Santos, 11 anos.

Segundo a delegada, as garotas seriam congregadas à mesma igreja – Adventista do Sétimo Dia – que o principal suspeito da morte de Maisla.

“Há também uma garota em Ponta Negra que nos falou ter um filho com o Osvaldo”, informou.

Para Adriana Shirley, esse fato novo “reforça o perfil de Osvaldo como pedófilo”.

“Isso (atração por garotas na faixa etária dos 11 aos 13 anos) era uma constante na vida dele”, declarou.

Adriana Shirley lembra que, em alguns depoimentos, Osvaldo contava às pessoas que “queria uma garota de 11 a 13 anos, virgem e fosse enviada por Deus”.

“Ele não falou isso só para uma pessoa.

Osvaldo dizia isso para muitas delas”, disse.

Entretanto, a delegada alerta que “o fato dele falar isso (que quer namorar garotas nessa faixa etária) pode ser fantasia da mente dele”.

Adriana ressaltou que pretende ouvir as garotas “o quanto antes” para saber delas “realmente” o que elas têm a dizer de Osvaldo.

Enquanto não recebe os laudos dos exames feitos no corpo de Maisla a delegada Adriana Shirley segue o ritmo de depoimentos e diligências para encontrar mais evidências que robusteçam a suspeita da polícia contra o ambulante Osvaldo Pereira de Aguiar, apontado como principal suspeito do crime.

“Estou esperando pelos exames que vem de Salvador, mas isso não significa que o trabalho parou”, disse.

A titular da Delegacia Especializada em Defesa da Criança e do Adolescente (DCA) ouviu o depoimento de pessoas que trabalham em um hotel na Via Costeira onde o principal suspeito argumentou que estava no dia em que a garota desapareceu e foi morta.

“Alguns afirmam que não viram Osvaldo naquele dia enquanto outros não se lembram do fato. Certo é que nenhum deles disse ter visto o suspeito naquele local”, declarou.

A delegada também refez o possível percurso que Osvaldo Aguiar teria feito após o crime.

“Demorou algo em torno de oito minutos entre sair de casa, deixar a bicicleta, ir aos dois terrenos onde estavam as partes do corpo e voltar para casa”, informou.

A delegada disse que ouviu o depoimento de vigilantes que trabalham na Avenida Tomaz Landim, principalmente na região onde o corpo e a bicicleta foram encontrados, e eles “negaram ter visto qualquer pessoa passar com pacotes ou bicicleta naquela região na noite do crime”.

“Na praça de táxi que tem ali perto ninguém viu movimentação.

É possível que o trajeto tenha sido feito pelas ruas paralelas à Avenida”, comentou.

“As partes do corpo e a bicicleta da garota estavam num raio de dois quilômetros”, acrescentou.

Adriana Shirley avisou que pretende ouvir Osvaldo novamente esta semana além de realizar uma acareação do suspeito com outras duas testemunhas do caso.

“Ainda não sei precisar o dia pois dependo de algumas diligências realizadas semana passada e hoje (ontem)”, declarou.
FONTE
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http://tribunadonorte.com.br/noticias/111306.html




Exploração sexual: Mossoró é a pior do RN
Novembro 4, 2009 at 9:19 am
Corpos ainda franzinos em personalidades que ainda estão na fase de formação e são ofuscadas pelas luzes dos milhares de carros e caminhões que passam pelas três rodovias federais que fazem parte do território mossoroense.

Esse é um dos principais sinais de alerta para a Polícia Rodoviária Federal, que ontem divulgou mais uma vez um relatório apontando pontos que estão mais vulneráveis à prática de prostituição sexual infantil.

No RN, Mossoró ocupa uma das piores situações neste quesito.

Segundo o estudo que já vem sendo feito há quatro anos pela Polícia Rodoviária Federal em todo território nacional, hoje, existem 1.819 (um mil, oitocentos e dezenove) pontos ao longo das rodovias federais que são considerados como vulneráveis às ações dos aliciadores de crianças e adolescentes.

Destes 1.819, 110 são no Rio Grande do Norte, o que coloca este Estado como um dos piores em todo Brasil.

Mossoró, seguido pelo município de Guamaré, no Vale do Açu, têm a maior quantidade de pontos detectados pela PRF potiguar – só Mossoró tem 21 pontos.

Só para ter uma ideia da situação de risco que as crianças e adolescentes brasileiras correm diariamente, seja pedindo dinheiro, consumindo drogas ou até mesmo sofrendo exploração sexual infantil, o estudo mostrou também que a cada 26,7 quilômetros de malha viária, existe um ponto que representa risco aos menores.

Mas o inspetor da PRF, Roberto Cabral, chefe do Núcleo de Comunicação Social do RN, lembra que esses números não significam, necessariamente, que em cada ponto haja uma criança ou adolescente sendo explorados.

“Isso não quer dizer que esteja acontecendo em todos esses pontos que foram detectados em todo Brasil.

O que acontece é que nós mapeamos essas áreas para saber quais estão mais suscetíveis a este tipo de coisa, como bares e restaurantes à beira das estradas, entre outros locais de risco”, explica o inspetor Roberto Cabral, ressaltando que a situação de Mossoró não neste levantamento tem pontos curiosos.

Estudo serve para futuras operações
Uma das principais funções destes estudos que vêm sendo feitos há quatro anos pela Polícia Rodoviária Federal, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), é mapear esses locais mais vulneráveis e direcionar operações policiais contra a exploração sexual infantil.

Esta foi a quarta edição, mas pouca coisa mudou em relação aos outros mapeamentos.

Minas Gerais e o Rio Grande do Sul continuam sendo àqueles com maior vulnerabilidade, mas se for levado em consideração a quantidade de território com a quantidade de pontos qu
e foram mapeados, o Rio Grande do Norte, ao lado do Distrito Federal e São Paulo, possuem as piores situações.

Em Mossoró, por exemplo, de acordo com o inspetor Roberto Cabral, do Núcleo de Comunicação Social da PRF do Rio Grande do Norte, houve uma redução na quantidade de pontos este ano.

Em 2007, por exemplo, eram 41 pontos vulneráveis.

Este ano, esse número caiu pra 21.

“A gente faz esses levantamentos e a partir daí começa a direcionar nossas operações.

Alguns desses pontos que foram detectados outra vez fecharam ou então mudaram de lugar e nós ainda não localizamos esses novos endereços.

Mas isso mostra que nossas investidas têm dado certo”, explica Cabral.

Em maio de 2007, a Polícia Rodoviária Federal realizou uma megaoperação em todo território nacional.

Somente para o Rio Grande do Norte, foram utilizados 200 policiais rodoviários federais. No Brasil, ao todo, foram 1000 policiais.

A operação que foi batizada como “Anjo do Asfalto”, resultou na prisão de seis pessoas, sendo que duas delas eram suspeitas de furto e as outras quatro foram flagradas com menores de 18 anos.

Em Mossoró, na época, dois homens foram presos porque estavam em um bar na Rua Jeremias da Rocha, Santo Antônio (zona norte), com uma adolescente de 16 anos.

Fonte
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Tribuna do Norte